sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Gostos de ontem, hoje e sempre.

Era eu uma chavalinha quando me apaixonei por esta gatinha simpática e doce que povoava as montras das papelarias com cadernos, canetas, borrachas, malas, carteiras... falamos da "Hello Kitty" pois está claro. Como todas as paixões não correspondidas nesta tenra idade, a febre passou e passou também a monopolização das montras das lojas por esta simpática gatinha.
"Hoje" esta felina voltou com as garras mais afiadas. E se no meu tempo de chavalinha as modas passavam depressa, tão depressa como o dinheiro na carteira dos meus pais e tão definitivamente como o NÃO categorico deles quando suplicava por uma hello kitty mais azul ou alaranjada que ainda não possuia. Hoje em dia a moda é outra! Esta gatinha vai ficando a enfernizar a vida dos progenitores e a fazer sonhar a juventude que quer ter a "hello kitty" que a vizinha do lado tem mais a que ela ainda não tem.

Seria o curso normal dos acontecimentos e das modas se aos 37 anos eu deixasse de querer a Hello Kitty com o mesmo fervor que aos meus 10... afinal nem nos casamentos de agora as relações duram tanto... E para piorar, ou não, não existe NÃO categórico nem fundo roto de carteira que me faça desistir daquele modelito que ontem estava na montra a pedir " compra-me" ou talvez a exigir... para que raios existe o cartão de crédito? Não é para realizar sonhos?
Azar da Hello Kitty ou/e sorte da minha carteira - por enquanto, porque daqui a 5 anos se a febre não passar vou ter de treinar bem o meu NÃO categórico - a minha paixoneta pela gatinha maravilha transformou-se numa relação de carinho e nostalgia, a mesma que nutro pelo meu boneco "Careca" e pela minha boneca "Tucha".


Mas não deixo de me perguntar se a nossa famosa gatinha - que deve ter morrido por volta dos finais dos anos 80 e que hoje tem sido vitima de uma clone manhosa que teima em denegrir a sua imagem fazendo acreditar que esta cara simpática foi feita para graudos em vez de miudos - estará contente com o seu louco regresso às montras e não só?


Onde está a inocencia da gatinha que preenchia os meus sonhos de chavalinha?

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