Fechei a minha
lojinha on-line por alguns dias. Teóricamente estou de férias mas na realidade o que eu queria mesmo era ter tempo e disposição para pôr o trabalho em dia e a casa em ordem.
Acho que começo a chegar à conclusão que a Laura simplesmente não me vai deixar trabalhar mais. E que com bebé em casa a casa nunca mais ficará em ordem.
Vou fazendo o que posso mas que sei que não é o suficiente se pretendo continuar a trabalhar. Ter um negócio próprio requer tempo, dedicação, disponibilidade... Trabalhar em casa tem tanto de bom como de mau. Trabalhar em algo que ainda não dá os lucros pretendidos é como dar murros em pontas de facas. Primeiro porque toda a gente acha que não trabalho, segundo o trabalho é totalmente desvalorizado por não ser vital para a nossa subsistencia.
Vou me desdobrando em ser mãe, mulher, dona de casa e trabalhadora mas começo a achar esta ultima uma constante luta ingloria. A cabeça não pára, por isso vou coleccionando ideias que não sei quando terei tempo para colocar em prática. Chega a um limite em que sinto a cabeça pesada e uma frustração sem igual.
Aproveito os curtos espaços de tempo em que a Laura dorme para respirar um pouco e fazer as coisas mais urgentes como lavar biberons, arrumar brinquedos, fazer alguma divulgação na internet. A parte criativa vai ficando estagnada porque assim que pego numa agulha a Laura chora. É dificil para mim parar a meio de algo que estou a criar e com a minha maluqueta não há como evitá-lo.
Por isso... eu trabalho, ou tento trabalhar. Gostaria de sentir respeito pelo meu trabalho. Trabalho em casa para evitar mais despesas com infantários, estudios, etc, não tenho avós por perto nem mesmo amigos que possam estar com a minha estrela por algumas horas a fim de eu terminar uma nova peça. É este o meu mundo... há quem tenha como hobbies ir ao cinema, jogar playstation ou joguinhos do facebook, fazer bolos, etc. O meu hobby é mesmo trabalhar! E está na hora de parar de respirar que a Laura já chama!